segunda-feira, 27 de abril de 2009

... a rESpOstA !


O meu, pra ser completamente sincera, nem fala comigo. Não mais. Ele é milhões de vezes mais complicadinho, rebelde (mais que cabelo de chapinha em dias chuvovos) e temperamental que eu mesma. Concordo com a coisa da teimosia desses danados. Comungamos, também, da mesma opinião sobre o tamanho da porção de emoções... Realmente! É melhor que seja bem grande. Mas percebo em você ansiedade. Todas as mulheres quando engravidam falam a respeito da curiosidade, da "agonia" de esperar nove meses as suas crias. Eu acho, e perdo-me se for medíocre a minha comparação, que no campo do amor há de se ter muita calma, assim como numa gestação. Ele vai crescendo aos poucos, não chega instantaneamente, trata-se de um processo. Trata-se de uma dinâmica própria e diferente de tudo que o campo da razão possa explicar. E pode acontecer assim, de um encontro casual na fila do banco, na sala de espera do consultório odontológico ou mesmo numa balada muito louca. De uma coisa eu estou certa: existem muitos, inúmeros corações cansados como o meu, ansiosos como o teu, pessimistas como o de Lú, desconfiados como o de Renata... E uma hora eles encontram seus pares, e vai acontecendo aos poucos. Começa da paquera, da troca de telefones, da caça pelo orkut, do bate papo no msn, das conversas de mesa de bar, dos porres de tequila, da conversa na fila do toillet, do beijo que parecia sem sentido e de afeto ausente, inexistente. A vida boêmia não é tão simples assim de ser entendida. A leitura deve ser feita com cuidado, sem preconceitos ou clichês. E existe vida boêmia a dois, sabia? Legal voltar da balada de porre, com seu/sua companheiro/a e cantando legião Urbana juntos (matando o taxista de raiva - kkkkkkkkkkkkk)... Legal acordarem de ressaca juntinhos e dividirem a neosaldina!!! Risadas, infinitas risadas ao lembrar da quase queda que ele levou da cadeira ou do andar não tão elegante no auge da cachaça. Ah! E do alto de 10cm de salto agulha, no mínimo. Aquele olho borrado do lápis preto e gosto de cabo de guarda chuva na boca são igualmente regozijantes. Pois é, o meu olhar acerca dessa vida tão discriminada e incompreendida é mais otimista (pra variar, né? Kkkkkkkkkk...) que o seu. O meu coração, quando resolve se comunicar comigo (e ele só fala hindi), me diz pra eu ter serenidade, que eu não preciso correr atrás do amor, que o amor não precisa me perseguir... Na hora certa a gente vai se encontrar. É isso que sugiro: Encarar a vida de solteiro com menos ansiedade e mais carinho, sair pra relaxar um pouco, desfilar uma roupa nova, reforçar nossa auto estima, afinal de contas estar de bem consigo, com o espelho é um passo importante rumo à felicidade, não é futilidade gratuita. E que bom que existem os carros, as grifes, os salões de beleza, as academias. Se isso tudo não existisse nós deixaríamos de sofrer por amor, ou melhor, por não ter um amor? Ruim com as "futilidades", pior sem elas!!! Como eu sei apenas umas seis palavrinhas em hindi... Fica difícil demais me comunicar com o meu coração, mas na nossa comunicação louca (através de mímicas) é isso que me é dito.

Um comentário:

  1. Juba, sou obrigada a obedecer meu coração desconfiado...Não acho q se pode encontrar algm q realmente valha o pulso acelerado nas baladas, por exemplo. Pode acontecer sim...e até acho digno q exercitemos a boemia. Mas geralmente, no day after, o vazio denuncia o coração a toa. Ah, sei lá! Se o teu é hindi, o meu deve ser Braile! Tem q tocar...Bjão!

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