sábado, 11 de abril de 2009

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Queria poder falar exatamanete como estou me sentindo. Na realidade... Não estou me sentindo. O tempo parece agora passar com uma velocidade muito maior que antes. Não estou muito bem sintonizada com essa nova velocidade. Um amigo ontem me falou que essa nossa geração (anos 80) foi fadada à densidade, densidade em todos as searas. Tentei uma explicação para a afirmação e a única coisa que me veio à consciência (ou inconsciência?) foi a Legião Urbana. Aquilo de “ninguém vai me dizer o que senti” ou “quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois não use o que eu disse contra mim...” Mexeu com a gente. Para mim o “Se fiquei esperando o meu amor passar” e “Parece cocaína, mas é só tristeza” calham perfeitamente. O álbum Que país é este, da faixa 1 à 09, é pura ebulição (...) e retrato da densidade anos 80. É a hora da desolação. E ainda tiveram muitos outros como Cazuza com sua “vida louca” e “vamos pedir piedade”. Pois é, nossa adolescência se explica perfeitamente pela trilha sonora de nosso tempo. E os adultos que somos hoje? Claro que um retrato, uma amostragem de todo aquele movimento de reflexão e questionamentos. Aquele foi o momento em que os jovens tentavam entender a política, o amor, o mundo. Lembro que levei para o meu irmão caçula um álbum do U2 e ele, aos 12 anos (acho), amou. Logo ele sabia de todas as letras e conteúdo filosófico daquelas canções. Aos 12, meu irmão mais velho me falou: “Olha que música legal, Juliana”. Era Civil War do Guns N’Roses. Foi fantástico! Bons tempos. E eu não tô falando isso pra explicar só as minhas maluquices (kkkkkkkkkk), talvez as da minha geração (kkkkkkkkkkkkk). Ontem fui jantar com um amigo e tivemos o estalo nostalgia. Depois do jantar... Posto de gasolina, algumas cervejas, Legião no som, casais hetero e homo namorando, trocando carícias, denotando o que é a liberação sexual dos novos tempos. Conversamos sobre o que significa sermos eighty’s. Muitas risadas. Acho que estou vivendo uma fase saudosista, é isso. Não sei ainda se é bom ou ruim. Tenho vivido. Na hora certa saberei a resposta - se tiver de saber. Olha só esse trecho de Angra dos Reis:

“Se fosse só sentir saudade

Mas tem sempre algo mais

Seja como for

É uma dor que dói no peito...”

Pessoal, eu não tô pirando, viu? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

3 comentários:

  1. "Não preciso de modelos/Não preciso de heróis/Tenho os meus amigos e, quando a vida dói/Eu tento me concentrar num caminho fácil". =***

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  2. É realmente fantástico ser "eighty’s". Vc é certamente muito normal!!!! Preciso acreditar que sim, do contrário, também não o seria!! kkkk
    Me sinto assim diversas vezes!!!Essa é a Juliana que eu conheço!!! kkkk
    Saudadona de tu!!!

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  3. Pois é, Renatinha... que luxo ter os amigos que tenho...

    Paolaaaa!!! Parece que agora vi um filme dos nossos conflitos nos tempos de adolescência... kkkkkkkkkkkkk...

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