Estava no caminho de casa depois de uma boa noite (e madrugada também) de trabalho, resolvi olhar para o lado e prestar atenção ao cenário desse início de dia. Muitas luzes ainda acesas. Luzes de prédios, casas, luzes da estação do metrô, dos postes... Luzes que brigavam com os primeiros raios solares e que pareciam mostrar mais pessoas acordadas, assim como eu. Ou pessoas com medo do escuro, da solidão do sábado para o domingo. Ou corpos exaustos que pegaram no sono e não puderam apagar as luzes. Ou pessoas que não dormem pra que o mundo continue a funcionar. Eu vi o céu ficando mais claro, mais azul. Parecia se amostrando, se exibindo. A maioria das pessoas indiferentes a mais uma exibição, e ele lá, dando um verdadeiro espetáculo, um espetáculo para mim, que andei muito triste e desesperançosa essa semana. Sei lá! Fiz uma analogia. Quando a gente pensa que tá na merda acaba não percebendo a grandeza dos verdadeiros espeáculos diários, seja da natureza, seja das pessoas, do amor, da esperança. A gente não percebe que mais um dia vivido foi mais um dia vencido. Amanhã tem mais. E por isso a chance de fazermos melhor, de sermos maiores, fortes, porém não insensíveis. Sensíveis e não fracos. Pois é, o espetáculo pode estar diante dos nossos olhos, o papel de protagonistas pode estar saindo de nossas mãos. Do nosso filme devemos sempre ser diretores, roteiristas... PROTAGONISTAS de verdade, dignos dos prêmios mais ilustres do festival de cinema "VIVER".
segunda-feira, 25 de maio de 2009
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"A riqueza que nós temos ninguém consegue perceber/e de pensar nisso tudo eu, homem feito, tive medo e não consegui dormir"...lindo, Ju. São essas pequenas coisas q me fazem atravessar essas madrugadas, dormindo ou não, com luz apagada e a esperança de um coração aceso. =*
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