Tenho vivido por sonhar. E viver assim parece um tanto perigoso. Viver assim me faz ter plena certeza de que a vida é uma aventura. Uma aventura perigosa, pois não sei bem, muitas vezes, quando se trata de sonho e quando se trata de realidade.
Não me sinto como as pessoas normais. Eu não quero um marido, sonho com um amor. Eu não quero um trabalho, um emprego, eu quero uma paixão. Eu não quero simples amigos, quero verdadeiros irmãos. Eu não quero simplesmente ter um cachorro, eu quero ter um grande amigo de outra espécie. Eu não quero assistir injustiças, eu sonho com um mundo muito melhor. Eu não quero ser quem eu sou, sonho em ser aquela pessoa que jamais decepcionaria ou contrariaria alguém. Eu não quero o que, no momento, é possível e sonho com o que me parece distante, muito distante.
Agora, Deus, por favor, responde-me: Como posso continuar a viver dessa forma? Com essa certeza de não pertencer a esse tempo, a essas coisas, a esse mundo? Vivo atrapalhada, numa falsa alegria, numa falsa felicidade. Pareço até uma Barbie, pois elas já vêm com um sorriso pintado no rosto de fábrica. Sinto que não tive escolha, tenho que aceitar essa condição de menina Barbie. Como se não bastasse ter nascido com esse sorriso pintado no rosto, ainda vim com outros trejeitos, que julgo preconceituosamente pela aparência da boneca, muito peculiares à mesma, ou melhor, a nós, como por exemplo aquele jeitinho calmo, sereno, feminino.
A única vantagem, que assim julgo ser, de parecer-me com a Barbie é a de ser cuidada como uma boneca. Mas aí... Aí complicou! Acabo sempre cuidando, entendendo, ouvindo, ajudando. E passo de Barbie à She-ra num segundo. Enquanto uma vem com um sorriso de fábrica, a outra vem com muita coragem, ela não tem medo de nada e nem chora, acredita? E tenho que me comportar como essa super heroína, não mais como a bonequinha delicada. E se fraquejo? Ah! Se fraquejo todos dizem que não combina comigo, que sou forte, que posso suportar!
Ufa! Como é difícil sonhar, lidar com a vida real, ser a Barbie e simultaneamente ser a She-ra. Ainda me perguntam por que entro em depressão, ou por que tenho pânico, e me dizem que terapia é uma besteira, que rivotril não resolve os problemas. O mundo enche a minha cabeça de questionamentos, esse mesmo mundo, felizmente, deu-me a oportunidade de me instrumentar intelectualmente, e ainda querem que eu haja como uma boa brasileira, aquela que não desiste nunca, sabe? Eu tenho mais é que pensar mesmo, se não ficaria triste e não entenderia os motivos. Quero entender a minha “patologia” e buscar a cura, como boa mulher que sou não paro um segundo de pensar (kkkkkkkkkkkkk).
Tenho o direito de ficar depressiva sim, pois sei o peso que posso suportar. Sinto pânico às vezes porque sou normal, nesse mundo de hoje anormal é quem não sente medo a ponto de sair correndo por aí, ou berrando. Rivotril não resolve os problemas, mas me permite dormir, e depois de pensar tanto e sofrer e temer e chorar, eu tenho o direito a pelo menos uma boa noite de sono, não importa como! Pode ser uma maracujinazinha também, pois é natural, né?
Tudo bem. Chegou o outro dia! Continua tudo na mesma. Mas ontem eu fui quem eu quis; fui à terapia, chorei, escrevi, ouvi música e hoje continuo sonhando, sonhando até que possa acordar, se assim tiver de ser!
Não me sinto como as pessoas normais. Eu não quero um marido, sonho com um amor. Eu não quero um trabalho, um emprego, eu quero uma paixão. Eu não quero simples amigos, quero verdadeiros irmãos. Eu não quero simplesmente ter um cachorro, eu quero ter um grande amigo de outra espécie. Eu não quero assistir injustiças, eu sonho com um mundo muito melhor. Eu não quero ser quem eu sou, sonho em ser aquela pessoa que jamais decepcionaria ou contrariaria alguém. Eu não quero o que, no momento, é possível e sonho com o que me parece distante, muito distante.
Agora, Deus, por favor, responde-me: Como posso continuar a viver dessa forma? Com essa certeza de não pertencer a esse tempo, a essas coisas, a esse mundo? Vivo atrapalhada, numa falsa alegria, numa falsa felicidade. Pareço até uma Barbie, pois elas já vêm com um sorriso pintado no rosto de fábrica. Sinto que não tive escolha, tenho que aceitar essa condição de menina Barbie. Como se não bastasse ter nascido com esse sorriso pintado no rosto, ainda vim com outros trejeitos, que julgo preconceituosamente pela aparência da boneca, muito peculiares à mesma, ou melhor, a nós, como por exemplo aquele jeitinho calmo, sereno, feminino.
A única vantagem, que assim julgo ser, de parecer-me com a Barbie é a de ser cuidada como uma boneca. Mas aí... Aí complicou! Acabo sempre cuidando, entendendo, ouvindo, ajudando. E passo de Barbie à She-ra num segundo. Enquanto uma vem com um sorriso de fábrica, a outra vem com muita coragem, ela não tem medo de nada e nem chora, acredita? E tenho que me comportar como essa super heroína, não mais como a bonequinha delicada. E se fraquejo? Ah! Se fraquejo todos dizem que não combina comigo, que sou forte, que posso suportar!
Ufa! Como é difícil sonhar, lidar com a vida real, ser a Barbie e simultaneamente ser a She-ra. Ainda me perguntam por que entro em depressão, ou por que tenho pânico, e me dizem que terapia é uma besteira, que rivotril não resolve os problemas. O mundo enche a minha cabeça de questionamentos, esse mesmo mundo, felizmente, deu-me a oportunidade de me instrumentar intelectualmente, e ainda querem que eu haja como uma boa brasileira, aquela que não desiste nunca, sabe? Eu tenho mais é que pensar mesmo, se não ficaria triste e não entenderia os motivos. Quero entender a minha “patologia” e buscar a cura, como boa mulher que sou não paro um segundo de pensar (kkkkkkkkkkkkk).
Tenho o direito de ficar depressiva sim, pois sei o peso que posso suportar. Sinto pânico às vezes porque sou normal, nesse mundo de hoje anormal é quem não sente medo a ponto de sair correndo por aí, ou berrando. Rivotril não resolve os problemas, mas me permite dormir, e depois de pensar tanto e sofrer e temer e chorar, eu tenho o direito a pelo menos uma boa noite de sono, não importa como! Pode ser uma maracujinazinha também, pois é natural, né?
Tudo bem. Chegou o outro dia! Continua tudo na mesma. Mas ontem eu fui quem eu quis; fui à terapia, chorei, escrevi, ouvi música e hoje continuo sonhando, sonhando até que possa acordar, se assim tiver de ser!
Como sua primeira seguidora (e primeira mesmo, mais ou menos desde os 15 anos de idade...) deixo registrado, com autoridade de She-ra, que pronto, é isso: são as sensações, e transformá-las é a sua praia. Transformar sentimentos em textos bacanas que falam bem o que a gente queria dizer. Transformar ingredientes na comida da melhor espécie, como eu costumo dizer, em comida gostosa. O Sopa de Letrinhas é a mistureba boa disso. Um carinho, né Jú?! Como só as Barbies podem fazer.
ResponderExcluirJú e Lú, se me permitem , vou ser a segunda seguidora...kkk
ResponderExcluirConcordo com a Lú!
Adorei vc ter criado este espaço, pois vc sempre escreveu tão bem e eu adoro o que vc escreve. Nos faz pensar e refletir sobre um monte de coisas.
Não fica grilada não... Todos nós temos um pouco de Barbie e de She-ra.Você é linda e puramente normal!!! E sonhar? Sonhar é não limitar-se a limites.É ir além do que o mundo real nos permite alcançar. Por isso, sendo She-ra ou barbie, sonhe, ame, viva e não deixe de escrever, viu?
Beijos
Adoro vc!
Ju, adorei tudo o que escreveu, além do dom da otima comida vc tbm tem o dom de escrever(e eu sei bem disso), mesmo com todos os problemas que realmente sao normais, vc precisa ser uma verdadeira brasileira e nao desistir nunca, jamais.
ResponderExcluirvc é linda e merece ter um lugar pra expressar tudo o que quer e mesmo que algumas vezes eu leia aqui neste espaço algumas coisas tristes, saberei que pelo menos vc conseguio jogar pra fora o que estava sentindo e te apoiarei sempre que precisar.
Te amoooooo
Paulinha ;)